quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Karolina Gonçalves e Mylena Frasson

"Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar."

           Nicolau Coelho, escolhido por Cabral para estabelecer contato com os indígenas assim que a armada fundeou, fez-lhes sinal para que pousassem as armas, no que foi obedecido. Não pôde haver entendimento por fala, mas foram efetuados os primeiros contatos por via gestual. Houve troca de presentes, recebendo os ameríndios barretes vermelhos, uma carapuça de linho e sombreiro preto; em troca deram aos portugueses um sombreiro de penas vermelhas e pardas, bem como um colar de contas miúdas, que foram levados para bordo.

Ambos os textos falam sobre o encontro dos portugueses com os indígenas, sobre como eles se comunicaram, e falam também sobre a troca de presentes.

  - Karolina Gonçalves nº 16
  - Mylena Frasson nº 31

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