domingo, 6 de março de 2011

Kemelly Oliveira - Notícia

Edição do dia 04/03/2011
04/03/2011 08h10 - Atualizado em 04/03/2011 08h44

Caso Lavínia: polícia do Rio investiga participação de mais um na morte

A polícia quer saber como a menina foi retirada de casa sem que ninguém tenha percebido e sem que nenhuma porta ou janela tenha sido arrombada.


A polícia do Rio investiga a participação de outra pessoa no assassinato da menina Lavínia, de 6 anos. O que leva uma mulher com três filhos a assassinar uma criança? Ganância? Ciúme? Ou uma obsessão doentia pelo amante a ponto de querer destruir a vida dele?
“Pode ser composto de várias coisas, como um perfil psicopata. A mente dessas pessoas é: ‘O que pode me beneficiar, apenas isso. O outro não existe, o outro é um obstáculo para meu não beneficio’”, analisa a psicóloga Mônica Nicola.


Quando a menina Lavínia desapareceu de casa, na madrugada de domingo (27) para segunda (28), o pai dela, Roni, levantou suspeitas sobre a amante, Luciene Reis Santana. Ela chegou a prestar depoimento e negou que tivesse sequestrado a criança. Mas a polícia conseguiu imagens da mulher dentro de um ônibus com a menina, na segunda-feira bem cedo.
O mistério terminou quando o corpo de Lavínia foi encontrado, estrangulado com um cadarço de tênis, debaixo da cama em um quarto de hotel. As camareiras reconheceram Luciene como a sequestradora e ela foi presa. Confessou o assassinato na delegacia.
Na quinta-feira (3), no enterro de Lavínia, houve muita comoção e pedidos de justiça. O pai chegou carregado por parentes. Lavínia estudava em uma escola, onde o pai trabalha como professor, e que ficou fechada na quinta (3). “As crianças estão nervosas perguntando o que aconteceu com a Lavínia, que era tão boazinha”, lamentou a professora de Lavínia, Gislaide Conceição.
A polícia quer saber como a menina foi retirada de casa sem que ninguém tenha percebido e sem que nenhuma porta ou janela tenha sido arrombada. Para os investigadores, Luciene era obcecada por Roni e que estava inconformada com o fim do relacionamento.
Durante o depoimento, Luciene dizia o tempo todo que queria ser tratada como namorada dele, e não como amante. Para a polícia, Luciene premeditou o assassinato. Ela foi indiciada por sequestro seguido de morte, um crime hediondo com pena de até 30 anos de prisão.
O desafio da família agora é recomeçar. “Muitas vezes as pessoas têm até uma dificuldade imensa, mas se reconstroem sozinhas, individualmente, porque entram vários fatores: perdão e passar por cima de coisas muito difíceis. Isso depende como existia essa relação desse casal”, avalia a psicóloga Mônica Nicola.
Objetivo: fazer as pessoas se interessar pelo contexto através do título
Temática: participação de mais alguém na morte da Lavínia.

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